Uma análise do que existe na dinâmica educativa dos espaços comunitários para a infância e a juventude na contemporaneidade da Terra Brasilis, enquanto potencial na construção de cidades educadoras. Foram abordados temas relacionados com a cidade, a comunidade, a infância, a juventude, os espaços de formação e de lazer, a Educação para o Desenvolvimento Humano, os territórios de convivência cidadã, a intencionalidade educadora da urbe, o direito de usufruir e ocupar os espaços de uma municipalidade educadora, potenciais criativos da urbe, a cidade como espaço teológico, os valores éticos que precisam existir numa territorialidade urbana e a força potencial da sustentabilidade numa cidade que educa. Este empreendimento escrito tem a sua importância e justifica-se na observância da atual matiz de sociedade, onde nela encontram-se o gênero humano e os centros urbanos que entraram num período de mudanças. A extensão, compreensão e, sobretudo, rapidez, provavelmente, nunca tiveram um equivalente na história. As cidades assoberbadas de aglomerações humanas muitas vezes se perdem nos valores e na ética em busca de sobrevivências. Demandam mais estudos, reflexões, análises e construções de projetos sócio-educativos para responderem, eficazmente, como os poderes públicos e privados, agentes e instituições locais poderiam sedimentar políticas públicas de melhorias na qualidade de vida cidadã dos seus munícipes, em especial, às parcelas vulneráveis da população a Infância e a Juventude. Estas camadas sociais necessitariam ser capacitadas, através de uma educação voltada ao desenvolvimento humano, que contribuiriam para um outro mundo possível, onde os locais coletivos, públicos, ensejariam oportunidades de crescimento, não só cidadão, mas também como territórios humanizados, preparados para dinamizar uma sociedade mais justa e igualitária para todos. A estrutura textual desta obra dissertativa configura-se em quatro capítulos mais as considerações conclusivas, assim distribuídos: No primeiro capítulo, buscou-se a elaboração de cartografias conceituais, com a finalidade de explicitar os significados de alguns termos que foram utilizados no processo de construção desta dissertação. No segundo capítulo, houve um estudo crítico e sistemático no aparato dos espaços educativos numa cidade educadora, com o objetivo de compreender de que os espaços urbanos são territórios educativos para o desenvolvimento urbano. No terceiro capítulo, a cidade educadora como espaço teológico, a ideia central é entender que uma cidade que educa também remete a pensar sobre a fisicalidade dos seus locais de convivência como espaços teológicos. No quarto capítulo, cujo título foi o potencial na construção de cidades educadoras, coube apresentar a assertiva de que os espaços comunitários propiciam aos seus interlocutores sociais a energia potencial para materializar a construção de cidades educadoras, bem como a necessidade da existência de sustentabilidade e de valores éticos numa urbe que educa. A última parte finaliza com a preocupação de apresentar a tessitura de uma pedagogia urbana voltada para uma cidade educadora, construída a partir de princípios, valores e virtudes, que fazem de uma territorialidade humana espaços tanto de convivência quanto de locais potencializadores de educabilidade.