Caderno de Textos: Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes na Cidade de São Paulo: Enfrentamento e Crítica

O enfrentamento da violência sexual sempre é uma tarefa de alta complexidade e, quando dirigido à proteção de crianças e adolescentes torna-se um desafio ainda maior. Independente da orientação teórica ou mesmo doutrinária, muito já se produziu a esse respeito, inclusive no que tange a explicitação desses desafios. Em que pese já se tenha diversos e qualificados registros sobre essa questão, entendemos que faz-se necessário continuar incentivando, apoiando e fortalecendo todas as iniciativas direcionadas à sistematização de experiências e de atividades voltadas ao aprimoramento das práticas profissionais e institucionais que tem como pano de fundo a defesa e/ou proteção dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, em especial aquelas que se incumbem de buscar a evolução das políticas públicas e de seus métodos. Se enfrentar a violação de direitos sexuais desse segmento da população é complexo, não é difícil imaginar o agravamento desse desafio quando se fala da sua ocorrência em grandes metrópoles brasileiras. Assim é possível vislumbrar como seria isso numa megalópole como a cidade de São Paulo. Pois bem, aqui está o registro de uma experiência realizada na cidade de São Paulo, empreendida por um grupo de extraordinários cidadãos, extremamente comprometidos com esses direitos humanos que, independente de seus vínculos institucionais, desenvolveram a árdua tarefa de construir caminhos onde as iniciativas políticas, as atribuições institucionais e as competências técnicas instaladas, poderão trilhar de forma integrada para a integração de políticas públicas de proteção de defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes Esse caderno registra um recorte da realidade da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes na cidade de São Paulo, dentro de um recorte temporal que poderá balizar a adoção de medidas objetivas e concretas para o recrudescimento das situações identificadas estratificadas numa agenda construída de forma coletiva, tendo como autores dessa proposição os principais e estratégicos atores dos serviços de atenção, proteção de defesa aos direitos humanos de crianças e adolescentes.