A Adolescência e o Des-Prazer do Saber Escolar

Através da pesquisa social e da pesquisa bibliográfica, o presente trabalho se dedicou a investigar e trazer uma visão atual de como jovens/adolescentes/ estudantes do primeiro ano do ensino médio, pertencentes a uma escola da rede pública e particular do município de Paracatu-MG, percebem a escola e seus professores/as no que diz respeito ao desejo de aprender, a qualidade das aulas e dos relacionamentos que estabelecem. A relevância desta investigação consiste no fato de conhecer como jovens adolescentes interpretam e contextualizam o ambiente escolar mediante suas necessidades. Sabe-se que diversos são os fatores que influenciam e estão presentes no universo juvenil e, dentre eles, a escola. Esta é considerada como espaço sóciocultural onde a pluralidade de ideias e comportamentos se manifesta sob diversas formas de expressão. Esta pesquisa está estruturada em duas partes que se complementam entre si. Na primeira, dialogo com o conceito de adolescência e juventude, suas características e suas relações. Apoio-me em Alícia Fernandes, Arminda Aberastury, Contardo Calligaris, Daniel Becker, Erick Erikson, Guilhermo Carvajal, Guy Debord, José Gimeno Sacristán, José Outeiral, Luiz Antonio Groppo, Marcio Marguela, Marilia Pontes Sposito, Mario Alighiero Manacorda, Maurício Knobel, Paulo Freire, Philippe Áries, Roberto Daunis, Sara Paín, dentre outros que muito contribuíram para entender o contexto escolar e o processo da adolescência. No aspecto jurídico, valho-me da Constituição Federal de 1988, da Emenda Constitucional n 65 e do Estatuto da Criança e do Adolescente. Na segunda parte, estabeleço um diálogo entre o aporte teórico, minha experiência enquanto educadora e os resultados obtidos através da pesquisa. Dessa forma, procurei dar conta de meu problema de pesquisa, pois as falas dos jovens mostraram que o universo da escola e o contexto juvenil necessitam de ressignificações.

 

A ADOLESCÊNCIA E O DES-PRAZER DO SABER ESCOLAR