A cartilha, Quando a Justiça Mandar me Chamar, divulgada no ano de 2012 foi desenvolvida pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Pernambuco para esclarecer a atuação do judiciário junto aos réus, vítimas e seus familiares nos processos que tratam de crimes contra a criança e o adolescente, desmistificando, de forma objetiva, a visão turva de que a justiça é apenas punitiva ou que ela é acessível apenas a pessoas de alta renda. Sua distribuição era realizada, a priori, através dos oficiais de Justiça, juntamente com os mandados de intimação ou por equipes psicossociais, nas visitas às partes durante o decorrer do processo, atualmente encontra-se disponível apenas ao acesso virtual, no portal do TJPE. A cartilha aborda, de maneira pormenorizada e bastante didática, as etapas que devem ser seguidas para se ter acesso à justiça, além disso, aparece como facilitadora na condução de questões de suma importância para infância e juventude, tratando a proteção e o acolhimento como um dos temas principais, esclarecendo que a justiça não pressupõe o medo, mas sim a segurança. Ao fim da cartilha há um glossário esclarecendo os termos jurídicos utilizados, com o objetivo de cessar todas e quaisquer dúvidas que ainda permanecerem. Esse projeto tem uma importância de cunho jurídico e psicossocial de extrema relevância, já que seu objetivo é orientar e informar as crianças e os adolescentes sobre a acessibilidade à justiça, no entanto para haja maior eficiência é necessário que volte a circular e que essa circulação seja realizada de maneira mais genérica, em escolas, creches e ongues, além de necessitar de uma reforma no que diz respeito à linguagem que nela é utilizada, para que seja mais bem compreendida pelo público a quem é, de fato, destinada.